Teste de Memória de Reconhecimento de Faces

Este Teste de Memória de Reconhecimento de Faces foi projetado como uma ferramenta divertida e educacional que permite aos participantes avaliarem o quão boa é sua memória facial. Também pode ser usado como um indicador da existência de um possível transtorno da memória, em particular de prosopagnosia.

Também conhecida como cegueira facial, esta é um distúrbio neurológico que dificulta ou impossibilita o reconhecimento facial. Afeta a capacidade de reconhecer rostos familiares e aprender novos.1

Este tipo de agnosia visual pode ser congênita ou o resultado de uma lesão cerebral em áreas do córtex associativo.2

As pessoas com este distúrbio têm geralmente dificuldade em reconhecer membros da família, amigos e colegas de trabalho e, em casos mais graves, podem não conseguir reconhecer seus próprios rostos no espelho. Eles normalmente lidam com esse distúrbio concentrando-se em outros atributos, como cabelo, voz ou roupas.

Embora não esteja associada a dificuldades de aprendizagem, perda de visão e problemas de memória, ela pode gerar outras consequências. Os prosopagnósicos relatam ansiedade crônica e sentimentos de culpa e fracasso. Eles também incorrem em consequências de longo prazo, como oportunidades de emprego limitadas, perda de autoconfiança e evitação de interações sociais.3

O diagnóstico de prosopagnosia como um transtorno é baseado na presunção de que o reconhecimento facial é uma habilidade estabelecida e compartilhada pela grande população.

No entanto, existem alguns indícios de que, assim como existe a cegueira facial, também existem alguns indivíduos que apresentam uma capacidade extraordinária de reconhecer rostos familiares em diferentes situações, bem como de aprender rostos desconhecidos.4

Instruções:

Para este teste, verá uma série de fotos de rostos e deverá indicar se já viu cada um anteriormente na série ou se o está vendo pela primeira vez.

O objetivo do teste é avaliar o reconhecimento facial, não a memorização. Portanto, o mesmo indivíduo pode aparecer com diferentes penteados, roupas e expressões faciais.

Este Teste de Memória de Reconhecimento de Faces foi desenvolvido como uma ferramenta para fornecer uma perspectiva mais clara sobre suas habilidades de reconhecimento facial, em comparação com outros participantes do teste.

Isenção de Responsabilidade:

Este teste foi desenvolvido com um propósito educacional e de entretenimento. Os resultados não constituem uma avaliação psicológica ou psiquiátrica de qualquer tipo e podem não oferecer um retrato preciso da aptidão mental do examinado. Não garantimos a exatidão dos resultados e estes não devem ser usados como um indicador das capacidades do indivíduo para um fim específico.

As respostas podem ser registradas e usadas para fins de investigação ou para serem distribuídas de outra forma. Todas as respostas são registradas anonimamente.

Como funciona este Teste de Memória de Reconhecimento de Faces?

Este teste de memória facial funciona através da exposição. Os participantes do teste serão expostos a 75 rostos e deverão indicar se já os viram anteriormente no decorrer do teste.

Não há limite de tempo. O examinando pode observar cada imagem pelo tempo que quiser. No entanto, tentar reter a foto só funcionará até certo ponto.

O objetivo deste Teste de Memória de Reconhecimento de Faces é avaliar o reconhecimento facial e não a memorização. Assim, o mesmo indivíduo pode aparecer com roupas, penteados, expressões faciais diferentes, ou com o rosto inclinado em uma determinada direção, como elemento de controle para desencorajar a simples memorização.

Sobre prosopagnosia

O que causa a prosopagnosia?

A prosopagnosia pode ser congênita ou adquirida.

No primeiro caso, a pessoa sofre desse transtorno sem ter dano cerebral. Normalmente pode ser identificado durante a infância. Em alguns casos, esse comprometimento é acompanhado por outros transtornos do desenvolvimento, como síndrome de Turner, autismo e síndrome de Williams.

A adquirida é uma consequência de danos cerebrais em áreas do córtex associativo. Geralmente ocorre como resultado de um traumatismo craniano ou derrame.

Como é diagnosticado?

Como não é um distúrbio visível, os próprios indivíduos ou pessoas próximas a eles são os primeiros a perceber qualquer anormalidade no reconhecimento de rostos. O diagnóstico pode então ser confirmado por um neuropsicólogo ou pesquisador especializado na área por meio de uma série de testes semelhantes a este Teste de Memória de Reconhecimento de Faces, mas projetados para avaliar a gravidade da doença.

Como tratar?

Não há cura ou tratamento específico para a prosopagnosia, embora os pesquisadores continuem investigando esse distúrbio e desenvolvendo programas de treinamento com o objetivo de melhorar o reconhecimento facial.

No entanto, os prosopagnósicos podem normalmente desenvolver mecanismos de superação por si próprios ou com a ajuda de pesquisadores e associações que apoiam pessoas com cegueira facial. Esses mecanismos incluem foco na cor e corte de cabelo, estilo de roupa ou voz, por exemplo.

Quanto à prosopagnosia adquirida, o tratamento visa a lesão cerebral que originou o quadro. A eficácia e o sucesso da reabilitação dependem da gravidade da lesão e da idade da pessoa.

Referências:

1 Starrfelt, Randi & Barton, Jason J.S. (2022), Prosopagnosia. In Della Sala, Sergio (Ed.), Encyclopedia of Behavioral Neuroscience, 2nd edition (Second Edition). Elsevier. 597-604. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-819641-0.00047-5.

2 Rodrigues, A., Bolognani, S., Brucki, S., & Bueno, O. (2008). Developmental prosopagnosia and adaptative compensatory strategies: Case study. Dementia & neuropsychologia, 2(4), 353–355. https://doi.org/10.1590/S1980-57642009DN20400021

3 Yardleya, Lucy et al. (2008), Psychosocial consequences of developmental prosopagnosia: A problem of recognition. Journal of Psychosomatic Research 65 (2008) 445–451

4 Russell, R., Duchaine, B., & Nakayama, K. (2009). Super-recognizers: people with extraordinary face recognition ability. Psychonomic bulletin & review, 16(2), 252–257. https://doi.org/10.3758/PBR.16.2.252

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